Quando Joe Biden assumiu a presidência dos Estados Unidos, em janeiro deste ano, ele se tornou apenas o segundo católico em toda a história americana a ocupar o cargo. O primeiro havia sido John Kennedy, que governou o país de 1961 a 1963.
Mas enquanto muitos católicos celebraram a vitória de Biden, sua presença na Casa Branca gerou o que alguns bispos americanos descrevem como situação “difícil”: Biden apoia o direito ao aborto, que é legal nos EUA, mas condenado pela Igreja Católica.
O debate vem gerando divisões e voltou a ganhar atenção nesta semana, com uma reunião virtual da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês) na qual o principal tema em discussão é o significado da Eucaristia e como abordar a situação de políticos católicos pró-aborto.
Os 280 bispos com direito a voto deverão decidir se devem pedir à Comissão para Doutrina (que aconselha em questões ligadas à fé e moral) a elaboração de um documento esclarecendo quem pode receber a comunhão e as circunstâncias em que o sacramento pode ser negado.