Não é nada simples explicar a relação umbilical da Igreja Católica, cuja sede geográfica, política e espiritual fica em uma área de 44 hectares no coração de Roma, com o próprio Estado italiano. Essa amálgama costuma ser lembrada — e reverberar socialmente — em episódios como o ocorrido nos últimos dias.
No dia 17, o arcebispo Paul Gallagher, secretário do Vaticano para Relações com os Estados — posto equivalente ao de um ministro das Relações Exteriores —, remeteu uma carta para a embaixada italiana na Santa Sé questionando um projeto de lei que criminaliza a homofobia e a transfobia, em tramitação no governo italiano.